Você sabe quais são os processos para a industrialização dos compósitos?
Existem diversos processos para a industrialização dos compósitos, os quais devem ser escolhidos a partir da análise do formato, dimensões e quantidade do produto, confira mais sobre alguns deles.
Laminação Manual
É um processo em que diversas camadas de reforços de fibra de vidro, aramida ou carbono são posicionadas sobre um molde aberto e, em seguida, impregnadas com resina, que é espalhada manualmente com o auxílio de rolos, roletes ou pincéis, até que todas as camadas estejam molhadas e sem bolhas de ar. A polimerização da resina se dá normalmente à temperatura ambiente, sendo utilizado na fabricação de peças de diversas formas e tamanhos, bem como na fabricação de moldes e protótipos.
Laminação Contínua
Este processo é usado na produção automatizada de painéis contínuos, corrugados e lisos, translúcidos ou opacos. O reforço de fibra de vidro é combinado com resina e prensado entre dois filmes plásticos, sendo conduzido pela movimentação contínua do equipamento para um ponto de aquecimento em que se dá início à polimerização da resina.
Vácuo
O processo de moldagem a vácuo, também conhecido como vacuum bag, é usado para a fabricação de grandes peças de compósitos, utilizando o molde aberto e uma bolsa de vácuo (plástico filme ou membrana de silicone reutilizável) para formar o componente. A resina é aplicada rapidamente sobre as camadas de fibra com o auxílio de um rolo ou pincel e, antes que se inicie o processo de polimerização da resina, é aplicado um plástico filme ou membrana de silicone sobre o molde, formando uma bolsa de vácuo que irá compactar melhor as camadas sobre o molde e remover os excessos de resina.
Infusão
A infusão é uma opção muito utilizada para processos com molde aberto, possibilitando a produção de peças consistentes e de alta qualidade. Através do uso de bolsas de vácuo ou membranas de silicone, é possível produzir peças de estruturas grandes e complexas juntamente com a adição de insertos e de materiais de núcleo estruturais (PET, PVC, entre outros).
O processo contempla a acomodação das camadas de reforços de fibra de vidro depositadas sobre a superfície de um molde aberto e coberto com um filme plástico de alta resistência e elasticidade, sendo este selado em todo seu perímetro. Após aplicado o vácuo, totalmente estanque, é transferida a resina junto às camadas de reforço por meio da ação da pressão atmosférica, impregnando as camadas de toda a peça. O plástico filme é removido após a resina estar curada, permitindo que a peça seja retirada do molde.
RTM
A Moldagem por Transferência de Resina (RTM – Resin Transfer Molding) é um processo de molde fechado. Mantas especiais de reforço são colocadas e, posteriormente, conformadas por meio do fechamento de um contra-molde rígido por meio de um sistema de vácuo. A partir desta etapa, a resina é injetada no molde para impregnar todas as camadas de mantas e os espaços vazios que possam existir no laminado, com isso se obtém uma peça com espessura contínua.
O processo em molde fechado aumenta o índice de repetibilidade e de acabamento liso em ambos os lados da peça, sendo muito utilizado para moldar peças com formas complexas e superfícies que exijam uma espessura contínua para facilitar a montagem de componentes.